quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Retrato Pra Iaiá

"Iaiá, se eu peco é na vontade
de ter um amor de verdade.
Pois é que assim, em ti, eu me atirei
e fui te encontrar
pra ver que eu me enganei.

Depois de ter vivido o óbvio utópico
te beijar
e de ter brincado sobre a sinceridade
e dizer quase tudo quanto fosse natural
Eu fui praí te ver, te dizer:

Deixa ser.
Como será quando a gente se encontrar ?
No pé, o céu de um parque a nos testemunhar.
Deixa ser como será!
Eu vou sem me preocupar.
E crer pra ver o quanto eu posso adivinhar.

De perto eu não quis ver
que toda a anunciação era vã.
Fui saber tão longe
mesmo você viu antes de mim
que eu te olhando via uma outra mulher.
E agora o que sobrou:
Um filme no close pro fim.

Num retrato-falado eu fichado
exposto em diagnóstico.
Especialistas analisam e sentenciam:
Oh, não!

Deixa ser como será.
Tudo posto em seu lugar.
Então tentar prever serviu pra eu me enganar.

Deixa ser.
Como será.
Eu já posto em meu lugar
Num continente ao revés,
em preto e branco, em hotéis.
Numa moldura clara e simples sou aquilo que se vê."


Los Hemanos

domingo, 14 de novembro de 2010

^^

"Aprendi que o amor é feito de liberdade. É como ter, todos os dias, muitas outras opções. E ainda assim fazer a mesma livre escolha."


(anônimo)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Calibre

Os Paralamas do Sucesso

"Eu vivo sem saber até quando ainda estou vivo
Sem saber o calibre do perigo
Eu não sei d'aonde vem o tiro

Por que caminhos você vai e volta?
Aonde você nunca vai?
Em que esquinas você nunca pára?
A que horas você nunca sai?
Há quanto tempo você sente medo?
Quantos amigos você já perdeu?
Entrincheirado, vivendo em segredo
E ainda diz que não é problema seu

E a vida já não é mais vida
No caos ninguém é cidadão
As promessas foram esquecidas
Não há estado, não há mais nação
Perdido em números de guerra
Rezando por dias de paz
Não vê que a sua vida aqui se encerra
Com uma nota curta nos jornais..."

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

História de Passa-Tempo!

- Olá,
Hoje resolvi contar-lhes uma prosopopéia, porém sou uma estudante da arte da História, por isso peço que perdoem o português, mas essa historia é de coração, ou melhor Do Coração. A historinha que pretendo contar é fictícia e quaisquer semelhanças com historias reais é mera coincidência.
Não sei bem como começar, mas vou começando...
Há quase um ano conheci uma linda menina muito interessante, uma mistura de dançarina, bailarina e nas horas vagas uma palhacinha muito simpática.
Era uma menina pequenininha cheia de dengo feito uma flor, tinha os olhos da cor do mel, o cabelo feito brasa, um nariz de batatinha, a voz engraçada feito voz de gente grande e tinha também um sorriso lindo, o mais belo que já vi, a pequena notável vivia sorrindo, sorria de felicidade, sorria de tristeza sorria até quando sentia dor!
Morava em terras distantes, e lá, tinha que se trabalhar muito, pois, não se podia viver de dançar então por profissão decidira ser mascate. A menina vendia de tudo e de tudo adorava vender, mas não tinha muito tempo pra fazer outras coisas e por não ter muito tempo vivia fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, e isso a distraia e fazia-a esquecer das coisas, às vezes de coisas importantes, ouvi uma vez um amiguinho dela contando que ela era tão distraída, tão distraída que um dia esqueceu-se de colocar café no leite e ao invés disso colocou suco de maracujá e ai quando estava indo trabalhar sentiu um baita sono que dormiu no ponto e quando acordou o dia já era noite e ela ficara pelo meio do caminho e teve que voltar pra casa porque perdera o dia.
Um dia a pequena menina por um acaso conheceu, outra menina, uma menina moleca, maluca levada da breca e lelé da cuca, a menina moleca era uma menina engraçada vivia fazendo maluquices, tinha um monte de cachinhos na cachola, os olhos pretos e nariz arebitado as duas viraram grandes amigas e quando tinham tempo faziam de tudo juntas, elas brincavam, brigavam, sorriam, choram, tinham seus próprios segredos, passeavam faziam muitas coisas juntas. A menina moleca amava a pequena menina, amava tanto que decidiu lhe dar um presente muito especial, o seu coração e pediu para que a pequena menina cuidasse e guardasse com muito carinho e assim ela concordou. Os dias foram passando e passando até que um dia a pequena menina decidiu que não se sentia satisfeita e o que fazia ainda era pouco queria fazer mais outras coisas, só que quanto mais coisa a pequena menina fazia mais distraída ficava.
Um dia ela resolveu fazer uma faxina para organizar a sua casa, lavou, varreu, limpou, jogou fora as coisas velhas, e colocou no lugar as coisas novas que havia comprado, fez que fez que no fim do dia a casa estava um “brinco” a pequena menina ficou muito feliz por ter conseguido organizar a sua casa que decidiu chamar seus amigos para verem, mas só quem decidiu aparecer foi a menina maluca que quando chegou na casa de sua amada amiga até se espantou ao ver tudo em seu lugar bem arrumadinho, afinal a menina maluca nunca tinha visto tamanha organização, a menina maluca ficou muito feliz por ver sua amiga feliz, mas de repente começou a sentir uma sensação estranha, começou a ficar fraca, pálida e fria, com uma sensação de vazio e perda, na hora começou a esquecer dos momentos bons que tinha vivido até aquele momento, e a pequena menina vendo aquela situação ficou desesperada não sabia o que estava acontecendo, então a menina moleca pediu a amiga para que por favor a devolvesse o seu coração pra ver se a dor o frio e o vazio que estava sentindo naquele momento ia embora antes que ela esquecesse, de todas as sua lembranças e memórias, a pequena menina tinha guardado o coração em uma caixinha e foi correndo pegar procurou, procurou mas não achou o coração que a amiga tinha lhe dado de presente ai lhe ocorreu que talvez tinha o jogado fora no lixo junto com as suas coisas velhas, voltou correndo para avisar a amiga do ocorrido mas já era tarde demais a menina moleca havia morrido, havia morrido de tristeza e de dor por falta de seu coração que se encontrava perdido e muito distante das donas, a pequena menina quando viu a amiga no chão fria e pálida, sem vida nenhuma não soube o que fazer começou a sentir uma coisa esquisita no peito, saiu correndo e ai começou a andar e andar sem rumo por ai, não sabia o que fazer não conseguia chorar e nem rir mais, não sabia o que pensar e ai, andando, andando e andando... E até hoje vive vagando por ai, sozinha sem saber o que procurar ou aonde ir e nunca mais ninguém ouviu falar mais dela.

Depois de algum tempo pensei em ir procurar a pequena menina que conheci para saber sobre o que ocorrera ou obter alguma resposta, mas ai percebi que não conhcia a menina de fato e descobri que as vezes não precisamos de respostas, ou explicações afinal nada seria é suficiente.

Fim!!!


“... A lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
Por entre os dedos da minha mão passaram certezas e dúvidas
Pois no dia em que ocê foi embora eu fiquei
Sozinho no mundo sem ter ninguém
O ultimo homem no dia em que o Sol morreu...”